31/03/2016

Praia - Poema de Agostinho da Silva




Minha praia ardorosa e solitária
aberta ao grande vento e ao largo mar
tu me viste querer-lhe com a doce
piedade das sombras do luar

teus cabos se adiantam como braços
para abraçar as ninfas receosas
que fugindo oferecem sobre as vagas
suas nítidas formas amorosas

braços paralisados por desejo
que o mundo e sua lei não permitiu
ou suspendeu amor que livre jogo
maior que posse em fugaz tempo viu

e como vós me alongo e como tu
areia me ofereço a toda sorte
por sua liberdade ou por destino
que por só dela seja belo e forte.


Agostinho da Silva, in 'Poemas'


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30/03/2016

Ponte no Jardim Zoológico de Lisboa




No Jardim Zoológico, perto da entrada e junto a um dos lagos, encontra-se uma pequena ponte em pedra que eu gosto muito de atravessar. É uma ponte suspensa com quatro colunas nas quais estão quatro figuras egípcias, que têm muitas vezes por companhia os seus vizinhos pombos.

Aqui deixo alguns cliques do que os meus olhos viram.









"Construímos muros demais e pontes de menos." ( Isaac Newton )

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29/03/2016

Flores Silvestres - Corriola - Convolvulus arvensis




As suas flores são simples e belas.




São planta herbáceas perenes com características trepadoras.




Originários da Europa e da Ásia, pertencem à família Convolvulaceae, uma família de cerca de 60 géneros e mais de 1.650 espécies de trepadeiras na sua maioria herbáceas.





É conhecida entre outros nomes comuns por: corriola, corriola-campestre, corriola-mansa, erva-garriola, estende-braços, engatateira, garriola, trepa-trepa, verdeselha, bons-dias, madrugadas,




As suas flores são geralmente solitárias, em forma de trompete, com 1-2,5 cm de diâmetro, branco ou rosa pálido, com cinco listras radiais rosa ligeiramente mais escuras. Os caules destas plantas são geralmente sinuosos, daí o seu nome latino (de convolvere, "ao vento").





Apesar de produzir flores atraentes, muitas vezes é indesejável nos jardins pois como é uma erva daninha devido ao seu crescimento rápido, asfixia as plantas cultivadas.




São plantas que normalmente habitam bermas das estradas, pastagens e campos. Os seus densos tapetes invadem campos agrícolas e reduzem o rendimento das culturas.




Texto explicativo: Wikipedia;
Fotos: Pessoais

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28/03/2016

A Balada da água do mar





O mar
sorri ao longe.
Dentes de espuma,
lábios de céu.
– Que vendes, ó jovem turva,
com os seios ao ar?
– Vendo, senhor, a água
dos mares.
– Que levas, ó negro jovem,
mesclado com teu sangue?
– Levo, senhor, a água
dos mares.
– Essas lágrimas salobres
de onde vêm, mãe?
– Choro, senhor, a água
dos mares.
– Coração, e esta amargura
séria, onde nasce?
– Amarga muito a água
dos mares!
O mar
sorri ao longe.
Dentes de espuma,
lábios de céu.

Federico Garcia Lorca

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24/03/2016

Espírito do Amor





O Amor que o Espírito me dá
A força que tem p’ra mudar
Quando me afasto ensina-me a caminhar
A minha vida nas mãos de Deus quer ficar

Óh sol da minha vida
Quantas vezes me senti perdido
Cego na escuridão
sem encontrar um caminho

Vem Espírito de Amor
Ilumina a minha vida
Vem encher de calor
Esta alma sofrida

O fogo que desceu do céu
Mostra como falar de Deus
Sem medo sem vergonha eu quero gritar
Senhor meu Deus, a Ti sempre quero amar

Sinto a tua força
Enches-me com a tua paz
Sei que estou seguro
Que sempre me guiarás



Cantigo Religioso


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A Palavra - Poema de António Ramos Rosa




Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina
e a alegria aviva-se em redonda ressonância.
O seu olhar é um sonho porque é um sopro indivisível
que reconhece e inventa a pluralidade delicada.
Ao longe e ao perto o horizonte treme entre os seus cílios.

Ela encanta-se. Adere, coincide com o ser mesmo
da coisa nomeada. O rosto da terra se renova.
Ela aflui em círculos desagregando, construindo.
Um ouvido desperta no ouvido, uma língua na língua.
Sobre si enrola o anel nupcial do universo.

O gérmen amadurece no seu corpo nascente.
Nas palavras que diz pulsa o desejo do mundo.
Move-se aqui e agora entre contornos vivos.
Ignora, esquece, sabe, vive ao nível do universo.
Na sua simplicidade terrestre há um ardor soberano.


António Ramos Rosa, in "Volante Verde"


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O Pintor Theodore Gerard




O pintor Theodore Gerard, nasceu em Ghent na Bélgica em 1829.





Nascido numa família de artistas, estudou na Academia da sua cidade com Theodore Canneel e Vanderplaetsen, deslocando-se mais tarde para Bruxelas.





Viajou muito por toda a Alemanha, Suiça e Império Austro-Húngaro.






Foi um artista extremamente bem sucedido tendo exibido as suas obras em Bruxelas, Inglaterra, França e Áustria.







Recebeu várias medalhas nomeadamente em Londres (1871), Viena (1873), Philadepphia (1870) e Bruxelas (1875). Theodore Gerard tornou-se professor na Academia de Belas Artes de Bruxelas e morreu na Bélgica em 1895.




“A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica.” ( Pablo Picasso)

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22/03/2016

Silêncio - Poema de David Mourão-Ferreira





Já o silêncio não é de oiro: é de cristal;
redoma de cristal este silêncio imposto.
Que lívido museu! Velado, sepulcral.
Ai de quem se atrever a mostrar bem o rosto!

Um hálito de medo embaciando o vidrado
dá-nos um estranho ar de fantasmas ou fetos.
Na silente armadura, e sobre si fechado,
ninguém sonha sequer sonhar sonhos completos.

Tão mal consegue o luar insinuar-se em nós
que a própria voz do mar segue o risco de um disco...
Não cessa de tocar; não cessa a sua voz.
Mas já ninguém pretende exp'rimentar-lhe o risco!


David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão"


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21/03/2016

Como o Vento na Floresta - Poema de Fernando Pessoa



Hoje, é um dia muito Especial, pois nele se juntam duas importantes comemorações.

É o
Dia Mundial da Floresta. Um dia para alertar, relembrar e continuar a sensibilizar sobre importância de preservar, cuidar e proteger as florestas. Se cada um de nós fizer a sua parte, contribuiremos certamente, para deixar às gerações futuras, um planeta “verde” e saudável.




Celebra-se também hoje o Dia MUNDIAL da POESIA. Ser poeta é transmitir nas palavras, toda a magia que vai no coração e tocar assim, a alma de quem lê. O meu sincero Obrigado a todos os Poetas e Poetisas, de ontem e de hoje, que nos proporcionam momentos únicos e especiais através da leitura dos seus poemas.


Como o Vento na Floresta


Como um vento na floresta,
Minha emoção não tem fim.
Nada sou, nada me resta.
Não sei quem sou para mim.

E como entre os arvoredos
Há grandes sons de folhagem,
Também agito segredos
No fundo da minha imagem.

E o grande ruído do vento
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento:
Sou ninguém, temo ser bom.


Fernando Pessoa


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20/03/2016

Cottages


Casas Rurais ... Cottages .... Chaumieres ... lindas e cheias de charme

Rodeadas pela natureza são Casas que encantam o meu olhar e me levam em plena divagação ...


Foto: hdwallpapers.cat

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"Toda a natureza é uma harmonia divina, sinfonia maravilhosa que convida todas as criaturas a que acompanhem sua evolução e progresso" (Tsai Chih Chung)

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