01/07/2014

Até que um Dia ... Poema Fernanda de Castro




Meus versos eram rosas, lírios, heras,
borboletas, regatos, cotovias
cantando suas doces melodias,
anjos, sereias, ninfas e quimeras.

Meus versos eram pombas entre as feras
e, na festa das horas e dos dias,
ia dançando penas e alegrias
e o ano tinha quatro primaveras.

E a festa continua... é também festa
o cardo e a urze, o tojo, a murta, a giesta,
a chuva no beiral, o vento Norte,

o gosto a mar, a lágrimas, a sal,
até que um dia a vida, a bem ou mal,
exausta de cantar me empreste à morte.

Maria Fernanda Telles de Castro e Quadros
Blog: Fernanda de Castro




9 comentários:

  1. Amiga Maria!
    Belo poema escolhido e linda imagem.
    Saudade, espero que esteja tudo bem com você.
    Beijos!

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  2. Uma grande escolha! Nada é eterno.
    Bj

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  3. Num dos blogs que visitei fui atraída pelo título do teu espaço. Encantei-me com as imagens e os textos tão bem associados. Tudo muito lindo por aqui! Parabéns pelo teu refúgio, de muito bom gosto e excelente qualidade. Pretendo retornar para continuar encantando o olhar e enternecendo o coração.
    Por hora, deixo-te sorrisos e estrelas, com meu carinho,
    Helena

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  4. E na morte começa-se a viver novemente... Nada tem fim...
    Lindo este poema.
    Abraços minha querida!!!


    www.euflordealfazema.com

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  5. MARAVILHA DE POESIA,MARIA! QUE TUA SEMANA SEJA LINDA!" BEIJOS,TUDO DE BOM,CHICA

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  6. Que ótimo esse poema dá-nos conselhos com estilo e poesia..
    Beijios,
    Léah

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  7. Um poema só de grandes poetas. Belíssimo
    Sempre as suas escolhas de uma sensibilidade imensa
    Beijinhos!

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  8. Passando pra deixar-te um sorriso e uma estrela, no desejo de um lindo final de semana.
    Com carinho,
    Helena

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